E no meio da tarde uma mulher vagava entre o chão e o coração pisado. A cada passo a dor rangia. Dor antiga é como carro de boi: range ao se movimentar. Eu ouvi o ruído e prestei atenção àquela mulher que passava como se não estivesse ali. De repente ela se surpreendeu com algo e mudou a expressão facial. Os olhos brilharam. Não era mais ela que emitia som. Agora parecia ouvir algo. Sentou no banco do shopping e abriu um sorriso. Durou alguns instantes o enlevamento. A que se levantou parecia outra mulher. Olhou para mim e percebeu que eu estava prestando atenção a ela. Meio tímida, mas intuindo que eu iria entendê-la falou baixinho: " um anjo cantou no meu ouvido". Ainda rindo continuou seu caminho e também me fez sorrir. Eu ainda acredito em anjos.
Evelyne Furtado, em 12 de setembro de 2008.
Arrebentação
Há 4 semanas
6 comentários:
É muito bom ter um anjo cantando pra gente. rs
Senti sua falta !
Pensei que já tivesse ido para Paris. ( risos )
Brincadeira. Imaginei que tivesse ocupada.
Estou no C-se olhando os textos que entraram hoje.
Pois é, vicia.
Valeu a passada no blog.
Bom retorno.
Beijão
ainda não, rs... não por falta de vontade e sim de oportunidade de voltar àquela maravilha. Fui a Recife e bem que adorei ver a lua refletindo no mar de Boa Viagem, tomando um chopinho e conversando.
Também adoro os textos do C-Se. Tenho meus preferidos (vc , inclusive), ms tem muita gente boa ali, menina! Preciso ir conhecendo mais autores lá.
Adoro anjos cantando e eles cantam de várias formas, não é?
Beijão e obrigada, amiga.
Quem me dera ter um anjo buzinando em meio ouvido. Lindo post.
Jokinhas
Creio que esse anjo é muito especial. Eu também quero, Aninha!
Bjs e obrigada.
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