O ano era 1988. Eu voltava à universidade após um semestre em que havia trancado a matrícula e começava em outra turma.
Num intervalo entre uma aula e outra ficamos três "novatos" na sala. Ao meu lado R. Caio, puxou assunto perguntando se eu era de Natal mesmo. Respondi afirmativamente e ele me contou que estava voltando à cidade depois de alguns anos em Sâo Paulo, onde cursava direito na USP.
Lá na primeira carteira uma menina magrinha, de cabelos cacheados e longos, entrou na conversa e disse ao meu vizinho, hoje promotor de justiça, que ela também vinha da USP e completou: da Universidade de Souza Paraíba.
Foi a primeira vez que ela me fez rir. Perdi as contas a partir de então das gargalhadas que dei ao ouvir minha amiga, afilhada de casamento, parceira de viagens, confidente, advogada das mais competentes e uma das pessoas mais solidárias que conheço. Nunca esqueci o meu primeiro dia das mães, após a separação, quando ela fez e foi me levar o Bolo Paraíso delicioso coberto de açúcar e limão.
Acabei de chegar do jantar dos seus 4.0, onde Veruschka, com o astral de sempre, brindava à potência de sua máquina, segundo ela de Mercedez para lá.
Uma noite animada como Vê, hoje mãe de três filhos lindos e educados. Graças a Deus continua bem casadissima com o amor de sua vida, mas nem por isso está menos irreverente. Diz o que vem à cabeça e nós, seus amigos, adoramos ouvi-la.
Sei de sua coragem, amiga e lhe digo com a experiência de alguns anos a mais, que fazer quarenta anos não tem nada de ruim, a não ser o incômodo de precisarmos de óculos para ler e de acumularmos mais umas gordurinhas.
No mais venha com sua garra, alegria e a mesma ousadia que lhe fez atravessar Paris só e sem falar francês, de metrô, e voltar rindo de orelha à orelha, cheia de sacolas, nos dizendo que achou o Banco do Brasil, no Champs Elysées, onde tinha ido sacar uns eurozinhos, mais bonito do que o Arco do Triunfo.
Beijos e que tenhamos muito a comemorar por mais uns 40 anos, no mínimo, amiga-irmã. Foi ótimo,rs.
Feliz Aniversário!