sexta-feira, março 28, 2008
O amor e o Cansaço.
Emoções,
Por tanto tempo vividas
Cansaram-me.
Conflitos de interesses
Acúmulos de ilusões
Esgotaram-me
Chorei mares
E quando o riso e o gozo vinham
Mais rápido íam.
Fantasias nascidas nas lacunas
Rasgaram-me o coração
Já exausto da saudade
Que sentia.
Foram tantos os estragos
Tantas as provocações
Que a doçura em mim
Fez-se fel.
( O amor não faz vítimas
Não precisa fazer
Quando finda,
A dor por si basta.)
Mas além da dor vi escárnio
Não sei qual vento o trouxe
Mas zuniu em meus ouvidos
Como um inseto a irritar-me
Hoje procuro um regaço
Onde estenda o meu cansaço
Um rio de águas limpas,
Um mergulho e me refaço.
Evelyne Furtado
Publicado no Recanto das Letras em 28/03/2008
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4 comentários:
Lá vem o ranzinza: "O amor não faz vítimas"? Não sei não... De todo modo, gostei do poema. Um abraço.
hahahahaha
faz sim, mas usei uma licença poética, de qualquer forma, também faz muitíssimo bem.
Bom sábado, amigo.
Abraço
Ai o amor, o amor.
Como ela está hoje tão romântica, mas ainda bem, o amor só faz bem.
Beijinho
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