segunda-feira, março 10, 2008

Confissão para Enganar a Dor.

Ouso parar.
Para não não sofrer.
Para não chorar.
Ouso não sentir, embora a dor exista.
Mesmo depois de ingerir mil analgésicos com coca zero.
E daí, se ela não passa?

Sou tão forte que me assusto, por isso choro.
A fragilidade é uma arma.
Uso-a para abater aqueles que me ameaçam.
Foi o i-ching que me ensinou.

Se sou forte, porque dói?
Uma resposta que não tenho.
Não sou sábia, apesar de forte.
Será essa a tal resposta?

Fujo da vida entendiante e real
Vivendo dores e amores inventados.
Até que me façam muito mal.


Por isso a pausa:


Para respirar e (re)aprender a amar.
Escapei da cruel vida real.
Pranteando um sonho encantado.
Encantei-me com a vida, entre uma crise e outra.
E o fiz muito bem.


Não sou prática, mas há coisas nas quais sou boa.
E o melhor é que tais coisas fazem-me muito bem.

Não fiz versos, nem mesmo prosa
Meu discurso não tem forma.
Mas enquanto escrevo não lembro
Da cefaléia que me paralisa
Em desagradáveís calafrios.


Por isso a pausa.
Vou dormir.
Quem sabe passa?

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