Ouso parar.
Para não não sofrer.
Para não chorar.
Ouso não sentir, embora a dor exista.
Mesmo depois de ingerir mil analgésicos com coca zero.
E daí, se ela não passa?
Sou tão forte que me assusto, por isso choro.
A fragilidade é uma arma.
Uso-a para abater aqueles que me ameaçam.
Foi o i-ching que me ensinou.
Se sou forte, porque dói?
Uma resposta que não tenho.
Não sou sábia, apesar de forte.
Será essa a tal resposta?
Fujo da vida entendiante e real
Vivendo dores e amores inventados.
Até que me façam muito mal.
Por isso a pausa:
Para respirar e (re)aprender a amar.
Escapei da cruel vida real.
Pranteando um sonho encantado.
Encantei-me com a vida, entre uma crise e outra.
E o fiz muito bem.
Não sou prática, mas há coisas nas quais sou boa.
E o melhor é que tais coisas fazem-me muito bem.
Não fiz versos, nem mesmo prosa
Meu discurso não tem forma.
Mas enquanto escrevo não lembro
Da cefaléia que me paralisa
Em desagradáveís calafrios.
Por isso a pausa.
Vou dormir.
Quem sabe passa?
Arrebentação
Há 4 semanas
Nenhum comentário:
Postar um comentário