sábado, agosto 06, 2005


Brado


Nada há de me prender.
Hei de repudiar algemas,
cerrar grades,
arrancar mordaças.


Mandarei derrubar paredes,
quero a vastidão do mundo,
invadindo meu ser.


Ninguém há de me deter.
Portos, só os alegres,
onde irei me abastecer.


Quero asas coloridas,
para minh'alma adornar
e para longe voar.


Quero me ter por inteira;
quero dispor de vontades,
assim como de emoções.


Quero agir ou me omitir.
Ser o que queira ser.
Só peço a Deus, luz no caminho,

para de mim não me perder.

Um comentário:

solfirmino disse...

Nossa, também quero essa liberdade que a vastidão do mundo traz.
Está querendo também o fio que Ariadne deu a Teseu, para não se perder nos labirintos?
Se achar, diga pra mim!

Solange-Fênix
))§((