terça-feira, junho 16, 2009

Bloomsday.



Eu tinha uns vinte anos quando me interessei pelo escritor irlandês James Joyce e foi absurdamente frustrante para mim quando me disseram que havia um curso ótimo para quem quisesse ler Ulisses, obra maior do autor. A leitura sempre significou um prazer ao meu alcance, então me assustei com um escritor que exigiria de mim um esforço tão grande para entendê-lo. Ulisses virou um tabu. Não li. Contentei-me em ver filmes sobre a Dublin da época de Joyce e em ler alguma coisa sobre o autor do romance que ganhou um dia só para ele. Hoje se comemora o Bloomsday. Talvez eu esteja perdendo a melhor obra literária já escrita. Talvez tenham dado a James Joyce uma aura elitista e eu não seja mesmo dessa turma. Talvez eu ainda leia Ulisses, mas hoje apenas registro a data e imagino a odisséia de Leopold Bloom, o Ulisses da era moderna, pelas ruas de Dublin.

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