sexta-feira, outubro 31, 2008
Não sei Drummondiar...
Se eu soubesse Drummondiar faria versos lindos para o nosso poeta na data do seu aniversário. Faria uma Quadrilha de mocinhos e mocinhas para o homenagear e nela todo mundo amaria e seria amado. Tiraria as pedras do caminho para o poeta gauche passar. Daria mais festas para José. Faria um poema bonitinho falando de Itabira, de onde ele veio e do Rio de Janeiro, onde ele ainda está sentado no calçadão. Faria belos versos eróticos como ele fez, o ousado Drummond. Desculpe, poeta, não sei Drummondiar e olha a confusão que fiz, portanto deixarei uma poesia sua para meu espaço iluminar.
As sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Carlos Drummond de Andrade.
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Homenagem. Aniversário de Carlos Drummod.de Andrade.
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2 comentários:
Bonitos versos dedicados ao amor. Adorei.
Além disso Drummond é Drummond e mai nada.
Beijão
Verdade, Aninha! Ele escreveu lindamente. Beijos e obrigada, amiga!
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