Ainda sofro com a fugacidade da vida. Das coisas boas, claro. Há agonia quando quero reter o bom comigo. É como desejar que lua esteja sempre a banhar de luz o escuro da noite. È como não querer acordar de um sonho bom. Ou, ainda, segurar a felicidade quando esta escapa por nossas mãos e já nos faz sofrer. Em cada perda importante, vejo e sinto uma fim de tudo. Vivo em luto e pranteio por um bom tempo o fim do sonho. Uma parte de mim se foi ali. Perceber o membro perdido é assustador. Como viver sem aquela parte de mim? Por uns dias só há choro, raiva, desilusão. Depois vem a aceitação e a constatação de que é possível reescrever o roteiro de nossas vidas. A princípio, sem grandes projetos. Um pequeno script pode fazer um bem enorme. É hora de soltar as amarras com o passado. Lembrar, sim, mas desde que não signifique dor ou mágoa. A vida é por si fugaz. Porque não o amor? Eu vivi bons momentos e sonhei seus sonhos. Não tenho mais você, nem sonho mais esses sonhos. Acreditei nas promessas e as cobrei. O amor tornou-se triste e feio. Melhor mantê-lo como algo especial que vivemos e com toda certeza nos fez crescer.Fechou-se um ciclo. Já me distancio do projeto de vida no qual acreditei por alguns anos. Hoje vivo do que a vida me oferece. E estou bem.Vivo, segundo Horácio que disse: “seja sábio, beba seu vinh"Colha o dia, confia o mínimo no amanhão e para o curto prazo, refaça suas esperanças..." e completa ”.Vivo meu momento Carpe Diem e vou tentar me manter assim.Evelyne Furtado, 08 de novembro de 2007.
Arrebentação
Há 4 semanas
2 comentários:
Esse Horácio é-me familiar...
Votos de um bom fim de semana!
O grande poeta romano? É esse mesmo , meu capitão. Carpe Diem!
Bjs
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