sábado, fevereiro 18, 2006

A mulher que sou.


Garimpo palavras, como se fossem pedras.
Preciosas pedras, difíceis de encontrar.
Para expressar o que sou
Para expressar o que sinto

Preciosas palavras.
Que caibam justinho no meu sentir
Que sirvam ao tamanho do meu amor
Que digam ao mundo quem sou

Sim, que digam quem sou!
Pois sou tantas e todas tão confusas
Que não sei quem sou.
Que não sei aonde vou.

Por vezes, as todas que sou se embaralham.
Por vezes, tento puxar o fio do novelo.
Para fazer una a mulher que sou:

A mulher criança que fui
A mulher adulta que estou
A mulher apaixonada, tantas vezes magoada.
A mulher feliz, tantas vezes amada.

A adolescente rebelde mora em mim, mulher madura.
A mulher que lutou para ser livre tem medo de ser.
Mas perder minhas asas? Nunca!.

Quero perder o medo da altura!

E voar alto para ver melhor o brilho das pedras
E descer, me encurvar e escolher.
As pedras que me dirão quem sou.

Tié-Veca Furtado

2 comentários:

Luciana Pessanha disse...

Lindo poema, minha querida! Gostei muito do seu cantinho! Beijos!

Anônimo disse...

Olá, minha alma-irmã !

Plagiando Milton Nascimento :

certas poesias que leio cabem tão dentro de mim ...

Vc continua ótima !

Grd bj !

Andrea Amaral (orkut)